terça-feira, 26 de junho de 2018

Resenha: Tudo o que nunca contei - Celeste Ng

"E a própria Lydia - o centro relutante daquele universo - todos os dias mantinha o mundo estável. Absorvia os sonhos dos pais, silenciando a relutância que fervilhava por dentro." pág. 163

Eu estou numa ressaca literária danada devido a essa leitura. Eu amei o livro! Ele mexeu muito comigo.

Lydia está morta, essa é a frase que já choca o leitor na primeira página. Aos poucos vamos conhecendo Marylin, a mãe de Lydia, Nat e Hannah, uma mulher inteligente e ambiciosa, que sonhava em ser médica até ficar grávida. James, o pai, um chinês nascido nos Eua, que sempre quis ser um homem cheio de amigos e influente.

Todas as expectativas frustradas desses pais caíram em cima de Lydia, uma garota de 15 anos, meio chinesa, meio americana, cabelos pretos e olhos azuis. Uma menina tímida e inteligente que o pai quer por todo custo que seja popular, e a mãe quer que ela seja tudo menos dona de casa como ela.
O corpo de Lydia é encontrada no lago perto da casa dos Lee, e a partir dai a estória e desconstrução dessa família ocorre.

"Agora ela pensava na mosca pousando delicadamente na poça de resina. Talvez ela a tivesse confundido com mel. Talvez sequer tivesse visto a poça. Quando enfim percebeu seu erro, era tarde demais. Ela se debatera, afundara e então se afogara" pág, 276

"Tudo o que nunca contei" é um livro extremamente sensível, com grande fator psicológico, que mexe com as nossas frustrações mais profundas e nós mostra o que elas podem fazer em nós, e em quem nos cerca.
O preconceito que os Lee sofrem, a culpa que James sente por ser chinês  e por fazer seus filhos sofrerem esse buillyng numa sociedade extremamente preconceituosa, os desejos de Marylin em ser uma profissional de sucesso, a solidão de Hannah, a relação fraternal e confidencial de Nath com Lydia, isso tudo me envolveu muito, e fiquei emergida nessa estória que poderia ser de qualquer um de nós.
Hannah é uma menina tão especial e tão abandonada, ela é tão atenta àquela família mas é tão deixada de lado, que me emocionou. A solidão é outro assunto bem desenvolvido, solidão de James, de Lydia...de toda essa família que é vista a margem da sociedade só por ser chinesa.
Jack é a prova que nem tudo o que vemos é o que é. Que não conhecemos uma pessoa só pelo o que achamos dela.
O título fala por si só, é tudo o que Lydia poderia ter dito, ela sofre calada, fazendo tudo por essa família, tudo para agradar a mãe, deixando até seus desejos em segundo plano.

O final é lindo! É uma tentativa de libertação dos medos e das amarras.

Paguei R$32,90



domingo, 24 de junho de 2018

Resultado Top Comentarista de Junho 2018


E hoje é o dia!!!!


O top comentarista de junho foi...
Atraentemente Evandro com 20 comentários!

Parabéns Evandro!!
Obrigada a todos que participaram e logo teremos mais um top!

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abe qual é a coisa mais gostosa quando se tem um blog?
Ler os comentários das pessoas sobre as postagens :)
E para incentivar isso, daremos um prêmio especial para o Top Comentarista de Junho!
O prêmio será um kit com 3 livros de sucesso
- Com Amor Simon
- O Homem de Gi
- A última grande lição

Quem ganhará?
Quem mais comentar no blog do dia 25 de Maio até 24 de Junho de 2018.

Vale para qualquer pessoa do território nacional.
Pode comentar em todas as publicações do ano de 2018.

Seria bem legal se a pessoa seguisse alguma (ou todas) das nossas redes sociais :)

Cada vez que comentar, é só preencher o formulário abaixo com seu nome, email e o link da postagem.

sábado, 23 de junho de 2018

Resenha: Estamos todos completamente transtornados - Karen Joy Fowler

"Se algum dia eu tivesse imaginado que seria mais importante sem a presença dela constantemente chamando a atenção de todos, eu sinto o oposto...Um dia, toda palavra que eu dizia constava como informação, dados de pesquisa, e era registrada com cuidado para posteriores estudos e discussões. No outro, eu era apenas uma garotinha, um pouco estranha, mas sem nenhum interesse científico para qualquer pessoa" pág. 122



Já nas primeiras linhas de "Estamos todos completamente transtornados" conhecemos Rosemary Cooke, uma mulher de 22 anos, estudante universitária, que sem saber o motivo perdeu sua irmã Fern  e seu irmão mais velho Lowell é procurado pelo FBI. Seu pai é psicólogo/professor e a mãe sofre de depressão. Diga-se de passagem que essa estória começa do meio, pois a mãe de Rose, para encurtar as ladainhas da filha, sempre a mandava começar do meio o que quer que fosse o que ela tinha que contar.A garota em sua infância era feliz e tagarela, hoje ela mal fala, e aos poucos vamos entendendo o motivo.O tema central desse livro é a causa animal, lá pela página 88 descobrimos que Fern é uma chimpanzé. E acho que essa é a parte mais bonita do livro, pois Rose a considerava uma irmã e não um animal, o que nos humaniza são os sentimentos e Rosemary ama Fern, nunca achou estranho uma macaca ser da família, em certo ponto ela mesma diz que ela era uma menina-macaca, mas que Fern era uma menina comum.
Fern desde 3 meses de idade mora com os Cooke. O pai delas é professor  de psicologia comportamental e as duas são o alvo das pesquisas que ele faz. Até que  um belo dia Fern desaparece e
ninguém na família fala mais sobre ela. A mãe entra em estado de depressão profunda, mas todos fingem que nada acontece. Até que Lowell foge de casa e um dia o FBI aparece na porta da casa o procurando.

No decorrer do livro todos os personagens vão sendo desconstruídos, a gente vai lendo e percebendo as fraquezas e até os absurdos que podem ser feitos em nome da ciência.Em certo ponto, eu achei que a leitura se tornou cansativa, alguns trechos desnecessários para o contexto da estória, um pouco de mais do mesmo....o que me desinteressou pelo livro, mas continuei para descobrir o que a escritora guardava para Fern.

Sobre o título: "Estamos todos completamente transtornados" era um jargão da mãe de Rosemary. Ela sempre falava essa frase. 

Paguei R$37,90


terça-feira, 19 de junho de 2018

Resenha: O Fundo é Apenas o Começo - Neal Shusterman

"A luzinha do "check-up do cérebro" se acende de muitas maneiras, mas essa é a parte problemática: o motorista não pode vê-la. É como se ela estivesse posicionada no porta-copos do banco traseiro, debaixo de uma lata vazia de refrigerante que já está lá há um mês. Ninguém vê a luzinha, a não ser os passageiros - e só se estiverem procurando, ou então quando ela fica tão quente e brilhante que derrete a lata e incendeia o carro"pág. 97

Conheci esse livro pelo Skoob, li várias resenhas positivas e fiquei muito interessada.

"O Fundo é Apenas o Começo" relata um período da vida de Caden Bosh, onde ele começa a manifestar os primeiros sinais de transtornos psiquiátricos. Até os quinze anos ele era um menino comum: ótimo aluno, bom filho e irmão, mas aos poucos ele é tomado por pensamentos obsessivos, fugas da realidade, mania de perseguição; por esse motivo, as primeiras sessenta páginas podem parecer um tanto confusas ao leitor desavisado, pois os primeiros capítulos contam uma viagem mirabolante de Caden num navio pirata, com um capitão cegueta e um papagaio conversador. O livro é sempre dividido entre a realidade e os episódios da doença.

Aos poucos Caden começa a perder os amigos, a perder o interesse na escola, a perder o senso de realidade.

Uma coisa que me preocupou é que demorou um certo tempinho para os pais perceberem o que acontecia com o garoto, isso serve até de alerta para nós, pais e mães, pois como diz o trecho que separei e transcrevi lá em cima, a própria pessoa não percebe que esta com problemas, tem que ser alguém que esteja perto e atento para perceber. 
Depois que a família entendeu os sinais, agiu rápido e esteve junto de Caden sempre, ele teve todo o apoio e isso é tão bonito! Foi realmente algo real!
Eu confesso que fiquei bem abalada lendo, esse livro é uma experiência para o leitor sentir e se infiltrar na mente de Coden, "O Fundo" é um livro que me tocou fundo, me emocionei, me sensibilizei com o protagonista. Eu já tinha lido "Tartarugas até lá embaixo" do John Green que também relata um adolescente com transtornos psiquiátricos, no caso TOC, e em ambos os casos, as doenças são reais, pois o filho de Neal tem esquizofrenia e todas as ilustrações que constam no livro são dele, assim como Green tem TOC.


"Mil pensamentos me passam pela cabeça, mas não os sinto como se fossem de fato meus. São quase como vozes. E me dizem coisas /.../ Os pensamentos-vozes dizem que devo fazer coisas. "Vá arrancar os cabeçotes dos sprinkles do vizinho. Mate as cobras"..."Esta vendo o bombeiro que vive mais adiante da rua?...Na verdade, é um terrorista que faz bombas caseiras, Pegue com caminhão dele, saia dirigindo e se jogue no penhasco..." pág 95

Recomendo muito essa leitura. É um livro para ser lido com calma e refletido.

Esse livro veio na caixinha Visões do Skoob, assino por R$59,90









segunda-feira, 18 de junho de 2018

Resenha: Pequenos Incêndios por Toda Parte - Celeste Ng

"Às vezes, quando você acha que tudo está perdido, encontra uma saída ...É como um incêndio florestal; Eu vi um, anos atrás, em Nebraska. Parece o fim do mundo. A terra fica toda queimada e preta, e todo o verde some. Mas, depois de queimar, o solo fica mais rico e coisas novas podem crescer ali...As pessoas também são assim, sabe? Elas recomeçam. Dão um jeito." pág. 363


Já vou logo avisando: Amei esse livro!
Eu não conhecia a escritora Celeste Ng, mas vi tanta gente falando bem dela, que me interessei. Comprei e amei.
"Pequenos Incêndios por Toda Parte" é um romance de muita sensibilidade! É sobre relações humanas, sobre maternidade, sobre esses sentimentos que mantemos dentro do coração e eles explodem causando pequenos incêndios nas relações e nos obrigando a recomeçar.

As personagens são vítimas de suas escolhas, e quais escolhas estão certas? Existe um jeito certo ou errado? Seguir regras é o correto? Viver baseado nas emoções é errado?

Todos nós temos segredos muito bem guardados e quem somos para julgar o próximo? Mas mesmo assim quantas vezes nos vemos no direito de julga-los.

Mia é uma fotografa, que não consegue se manter apenas de sua arte e vive nômade com a filha Pearl, trocando de emprego e de casa.
Pearl é uma garota inteligente, sensível, que não conhece o pai. Elas alugam um pequeno apartamento da familia Richardson, que por sua vez são uma família exemplar em Shaker Heights, uma comunidade que preza pelo planejamento e pelas regras.
Elena tem 4 filhos, Trip, o atleta, Lexie, a patricinha, Izzy, a perturbada e Moody o nerd. E em pouco tempo os quatros se encantam com Mia e Pearl, no entanto Mia tem segredos em seu passado e a adoção de uma menina sino-americana desencadeia a ira de Elena, que tenta descobrir tudo sobre Mia.

Adorei como Celeste separa um tempo para nos contar sobre o motivo que Elena tem problemas com Izzy, por exemplo, como a escritora sempre mostra pro leitor as duas partes de um mesmo problema. As ações nesse livro ocorrem de forma lenta, são mais de 420 páginas, mas que me deixaram agarrada a ele. A escrita é de uma sensibilidade ímpar, não dá pra não se emocionar com a estória de Mia, com Izzy, e até mesmo de Elena. 
Ninguém é o que é a toa...todos temos desejos ocultos e reprimidos...

O livro traz a tona a questão da maternidade. O que é necessário para ser considerado mãe? Quem cria? Os laços genéticos? Há uma grande discussão sobre isso.

Recomendo muito a leitura! Paguei R$49,00


sábado, 16 de junho de 2018

Resenha: A Sutil Arte de Ligar o F*da-se - Mark Manson


" A certeza é inimiga do crescimento"

Vou contar pra vocês que quando eu vi esse livro nas livrarias, eu pensei: Hummm esse livro deve ser mais um auto ajuda como tantos por aí...
Mas ai eu comecei a ver um monte de gente lendo e gostando...minha irmã leu e adorou...ai comprei o e-book (paguei R$13,00).
Eu adorei! Me rendi a ele! Postei algumas frases no instagran do blog, no FB e muita gente se interessou também. Na verdade ele não é auto ajuda não, ele é auto realista *rs, ele te dá vários exemplos e choques de realidade de que você é quem faz a sua vida, você é responsável por tudo o que acontece com você, mesmo que não seja o culpado por elas.

"Quando você passa a se sentir confortável com toda a merda que a vida joga na sua cara (e ainda vai rolar muita merda, pode acreditar), você se torna invencível, num sentido levemente (bem levemente) espiritual. Afinal de contas, o único jeito de superar a dor é aprender a suportá-la.”

Eu amei a parte que ele fala sobre as referências, me dei conta de que tudo na vida é referência! Ele conta diversas histórias de vida, as vezes dele mesmo, as vezes de artistas como Ringo Star, Dave Mustaine, Buda e por ai vai.
A linguagem usada no livro é "mara", porque na verdade é como se Mark estivesse conversando com você o tempo todo, contando as experiências dele, e te dando conselhos, falando sobre a vida...vi essa leitura como um bate papo com um amigo.
Acredito que Mark Manson tem um dedo no Budismo, pois muitas das suas filosofias pairam sobre os preceitos dessa filosofia de vida, como a aceitação, sofrimento é inevitável, viver o hoje, e por ai vai.

"Se o sofrimento é inevitável, se os problemas da vida também são, a pergunta que devemos fazer não é "Como paro de sofrer?", e sim "Pelo que estou sofrendo? Com que propósito".


O mais importante é que ligar o f*da-se não é não se importar com nada, e sim, se importar apenas com o que realmente importa, a vida é curta, você precisa parar e refletir o que é importante pra você.

sexta-feira, 15 de junho de 2018

Resenha: 108 Contos e parábolas orientais - Monja Coen



Eu gosto muito da filosofia Budista e sempre estou lendo a respeito. Comprei o e-book do "108 Contos e Parábolas Orientais". Amei! Devorei! É uma leitura super gostosa, flui, é como se a monja Coen estivesse conversando com o leitor, e apos cada conto ela nos traz um conselho, uma reflexão, uma palavra de sabedoria.
Você não precisa ser budista para ler esse livro e nem um simpatizante, precisa apenas querer ser uma pessoa melhor, se aprimorar como ser humano.
São 108 contos e parábolas, todas muito bem explicadas pela Monja. Eu adorei.
Paguei R$12,00


segunda-feira, 11 de junho de 2018

Resenha: A Mulher na Cabine 10 - Ruth Ware


Sabe quando você lê um livro e tem partes que gostou e partes que você se pergunta: Como assim?? O que que é isso?? Pois é, foi esse o meu caso. 
Acho que "A Mulher na Cabine 10" tem uma ótima sinopse, tanto que me interessei muito e comprei. Mas no desenrolar do livro a estória se perde em tanta "encheção de linguiça" e tanta solução maluca. O final me decepcionou, eu fiquei pensando: Hein? Como que é? Ruth, você acha que todo mundo vai comprar essa ideia??? Porque pra mim pareceu meio absurda!

Bem, vamos à estória. Tudo começa quando Lo, 32 anos, jornalista de uma revista de turismo, é assaltada dentro do próprio kitnet. Ela fica perturbada e traumatizada. Ai eis que surge a oportunidade de cobrir o lançamento de um navio/iate de luxo "Aurora Borealis". O navio é pequeno e luxuoso, vários jornalistas de renome estão nesse cruzeiro e é a chance de Lo alavancar a própria carreira. No entanto na 1a noite, ainda meio atordoada pelo medo do assalto e por diversas doses de gim, Whisky e vinho, (sim, porque a protagonista precisa, assim que sair do navio ir pros álcoolotras anôninos, meu deus! nunca vi beber tanto), ela vê um corpo de mulher sendo jogado ao mar. Mas será que tudo não passou de um surto psicótico ou houve realmente um assassinato? Porem, não há registro de ninguém desaparecido no Aurora, e ninguém nunca viu ou ouviu falar da suposta mulher morta. (O mote lembra bem "A mulher na janela").

Vale ressaltar que o livro tem um número grande de personagens, desse modo para gravar todos os que estavam no navio, o que eram e o que faziam, eu tive que anotar num papel, porque já estava começando a me perder. 

O primeiro capítulo é bem interessante, comecei gostando da Lo e foi bem real a angústia e  medo da personagem, mas quando ela entra no navio e começa a tentar solucionar o assassinato, o enredo enrola muito...fica cansativo, da vontade de fazer leitura dinâmica. Os 2 últimos capítulos também são legais, tem muita "sacada" boa da escritora, apesar que o desfecho mesmo que interessa, eu achei meio absurdo...vou dar um spoiler de leve....

Como que uma pessoa se passa pela outra sem ninguém perceber?? Como que a escritora quer que a gente acredite que Carrie era super ultra mega semelhante a Anne? No começo do livro a Lo viu foto de Anne no Wikipedia ao lado do marido, depois a resolução da escritora era dizer que Anne era reclusa na Noruega por isso ninguém a conheceria. Uai! Mas assim como Lo, qualquer um podia dar um google e ver foto de Anne! 

Acho que a ideia do livro é boa, alguns capítulos valem a pena, mas a escritora se enrolou demais no meio de campo e a solução para o assassinato foi bem fraca.

Ah! Uma coisa que me incomodou muito foi que paguei R$49,90 e a edição veio com erros de português e de digitação nas páginas 199 e 200. 

terça-feira, 5 de junho de 2018

Resenha: Uma Estranha Em Casa - Shari Lapena

"É quase como antes. Mas não é nada como antes." pág 50


Assim que comecei a ver a grande publicidade em cima de "Uma Estranha Em Casa" e li a sinopse, resolvi comprar. Eu adoro um suspense e não ia ficar por fora desse.
São 264 páginas que contam a estória de Karen Krupp, uma mulher com uma vida sob nenhuma suspeita, dona de casa, casada há 3 anos com Tom Krupp, ele é um contador que tem uma vida simples e ambos estão apaixonados. Porem um dia quando Tom chega em casa para o jantar, se assusta ao ver a porta aberta, a bolsa de Karen em cima da cama e a esposa não esta em casa. Logo é avisado que ela sofreu um acidente de carro e esta com amnésia.
Alguns dias mais tarde detetives batem na porta deles dizendo que próximo ao local que Karen foi encontrada, houve um assassinato.

Eu estava muito empolgada com esse livro, gostei do primeiro capítulo...do segundo...mas quando foi chegando no meio e sempre mais do mesmo, eu fui ficando decepcionada. A escrita em 3a pessoa da autora é meio arrastada. Fui lendo e querendo novidade, mas o enredo não progredia.

Tom é cansativo, medroso, inseguro. Karen parece uma mulher dissimulada, manipuladora, desde o começo não consegui gostar dela. Brigid é a vizinha maluquete, fofoqueira e amiga de Karen. A trama se move principalmente em torno desses três personagens.

Não consegui nem me empolgar nem com o final, que na verdade pela falta de personagens, não é nada muito surpreendente.
Em muitos pontos eu vi coincidências com o filme "Dormindo com o Inimigo". A esposa que sofre maus tratos...o marido violento que quer tudo organizado nos mínimos detalhes...
Achei que o fato de Brigid gostar tanto de tricô teria alguma coisa de mais relevante, mas não.

O finalzinho dá a entender que terá um segundo volume, será?

Paguei R$39,90

sábado, 2 de junho de 2018

Resenha: A Grande Ilusão - Harlan Coben

"O fantasma da morte persegue você, Maya" 

Eu sou uma amante compulsiva de livros de suspense, como uma pessoa curiosa, não consigo parar de ler até achar o culpado, o assassino, o segredo...pra mim um dos melhores escritores de suspense é Harlan Coben. Tenho quase todos os livros dele e não consigo dizer qual é o melhor. Desde a série Myron Bolitar até "Não Conte a Ninguém", todos maravilhosos.
Em "A Grande Ilusão" nós conhecemos Maya, uma ex capitã do exército, casada com Joe e mãe de Lily. O livro começa no enterro de Joe, ele foi assassinado com 3 tiros quando estava num parque com Maya. 4 meses atras a irmã de Maya, Claire, fora torturada e assassinada. 
Um belo dia ela vê uma imagem capturada pela câmera escondida (que colocou para supervisionar a babá), Joe brincando com a filha de 2 anos Lily!
Nesse momento Maya começa a investigar a morte e quanto mais investiga, mais percebe que não se pode confiar em ninguém.

Maya é uma mulher forte, corajosa, destemida, sofre de Transtorno Pós Traumático e tem muitos segredos e traumas. 
Joe era seu marido há quase 3 anos, eles se amavam, ele era uma figura cativante e que todos gostavam. Vinha de uma família riquíssima. Eram o casal perfeito! Quem teria algum motivo para assassina-lo? 
O leitor viaja junto com Maya pela investigação e vai montando esse quebra cabeças, que no início pode parecer totalmente sem nexo, mas que Coben fecha com chave de ouro!

Um detalhe que achei bem bacana, é que em determinado momento, o Win da série do Myron é citado! Ele que ajuda Theo, um amigo de Joe e Andrew (irmão de Joe) a conseguir bolsa num colégio TOP.

E que final é esse meu povo? Surpreendente!

No link abaixo temos mais resenhas dos outros livros de Harlan Coben:

Paguei R$17,50