Quando eu era criança, eu era boazinha (ainda sou! *rs), quase não apanhei, na verdade não me lembro de ter apanhado, acho que a gente lembra mais quando apanha do pai, porque a mãe, como cuida da gente, ela tem digamos "o direito", agora o pai, jamais...pelo menos era assim que eu via...
Hoje eu tenho 2 filhas, e não bato nelas, não porque eu não apanhei, mas porque acho que criança é pessoa, e se eu não saio dando "Porrada" em adulto, quem dirá em criança...
É sobre isso a nossa crônica da semana. Um assunto polêmico!!
Leiam e dêem suas opiniões!!
O Castigo Físico por Contardo Calligaris
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O castigo físico acaba com a autoridade de quem castiga, pois revela que seu argumento é a força
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UMA RECENTE pesquisa Datafolha (Folha, 26/7) mostra que, no Brasil, 69% das mães e 44% dos pais admitem ter batido nos filhos.
Parêntese. Os pais são tão violentos quanto as mães: simplesmente, eles passam menos tempo em casa e lidam menos com o "adestramento" dos filhos.
A pesquisa constata também que 72% dos adultos sofreram castigos físicos quando crianças. Como se explica, então, o fato de que 54% dos brasileiros se declaram contrários ao projeto de lei que proíbe os castigos físicos em crianças? Há várias hipóteses possíveis.
1) Talvez quem apanhou quando criança não queira perder o direito de se vingar em cima dos filhos.
2) Talvez não aceitemos a ideia de que os nossos pais tinham sobre nós uma autoridade maior do que a que nós temos ou teremos sobre nossos filhos.
3) Na mesma linha, talvez estejamos dispostos a apanhar dos superiores sob a condição de sermos autorizados a bater nos subalternos.
Nota: aceitar apanhar dos mais poderosos para poder bater nos mais fracos é a caraterística que resume a personalidade burocrático-autoritária do funcionário fascista.
4) A autoridade, dizem alguns com razão, sempre tem um pé na coação e recorre à força quando seu prestígio não for suficiente para ela se impor. Hoje, a autoridade simbólica dos adultos é cada vez menor. É provável que os próprios adultos sejam responsáveis por isso (principalmente, por eles se comportarem cada vez mais como crianças); tanto faz, o que importa é que o prestígio dos adultos não lhes garante mais respeito e obediência. Portanto, a palavra aos tabefes.
É um erro: o castigo físico acaba com a autoridade de quem castiga, pois revela que seu argumento é apenas a força. A reação mais sensata da criança será: tente de novo quando eu estiver com 15 anos e 1,80 m de altura.
Esses e outros argumentos a favor da palmatória não encontram minha simpatia. Até porque verifico que os rastos desses castigos não são bonitos. Mesmo um simples tapa é facilmente traumático tanto para o pai que bateu como para o filho: ele paira na memória de ambos como uma traição amorosa que não pode ser falada por ser demasiado humilhante (para os dois). Há pais violentos que passam a vida na culpa, e há crianças cuja vida erótica adulta será organizada pela tentativa de encontrar algum sinal de amor no sadismo dos pais.
Apesar disso, se tivesse sido consultado na pesquisa, provavelmente eu teria me declarado contra a nova lei, por duas razões.
A primeira (e menos relevante) é que existem violências contra crianças piores do que a violência física, e receio que uma lei reprimindo o castigo físico nos leve a pensar que, por assim dizer, "o que não bate engorda". Infelizmente, não é preciso bater para trucidar uma criança.
A segunda razão (e mais relevante) é que a nova lei não surge num contexto em que os pais teriam poder absoluto sobre o corpo dos filhos. Mesmo sem a nova lei, o professor que visse sinais de violência no corpo de um dos alunos avisaria à polícia e à autoridade judiciária. O mesmo valeria para o pediatra ou para o psicoterapeuta. Inversamente, um pai cujo filho fosse batido na escola processaria o professor e a instituição. Também, com um pouco de sorte, uma criança batida pode denunciar o adulto que a abusa.
Pergunta: para que servem leis que pouco mudam o quadro legal e só explicitam e particularizam proibições que já vigem de modo geral?
Essas leis me parecem ter sobretudo a intenção de afirmar, demonstrar e estender o poder do Estado na vida dos cidadãos.
Uma coisa aprendi com Michel Foucault: o poder moderno é raramente extravagante em suas exigências. Como ele não tem conteúdo específico, mas gosta apenas de se expandir, ele escolhe o caminho mais fácil, conquistando a adesão "espontânea" de seus sujeitos. Como? Simples: operando "obviamente" "pelo bem dos cidadãos" -no caso, pelo bem das crianças.
Resumindo:
1) sou absolutamente contra qualquer castigo físico; 2) sou também contra a extensão do poder do Estado no campo da vida privada, por temperamento anárquico e porque sou convencido que, neste campo, as famílias erram muito, mas o Estado, quase sempre, erra mais.
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Como educadora sou a favor da lei que proibe castigos humilhantes,isso prejudica na formação saudavel da mente!
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Beijinhos,Tacyla!
http://miltacylas.blogspot.com
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Polêmico, mesmo!!!! O que eu sei, é que a maioria das crianças que hoje são adultos da época em que "castigar" os filhos era uma das opções de "educação" respeitam/temem muito mais seus pais. As crianças criadas hoje, têm muita "opinião" e não aceitam com facilidade as ordens dos mais velhos,muito menos sabem o que são limites. E asilos pros velhos!!!!!
ResponderExcluirbjs
brechoparaquemechic@bol.com.br
Sábias palavras, também sou contra qualquer tipo de castigo físico. Principalmente em crianças... Eu também amo os textos do Foucault!
ResponderExcluirTambém sou contras os castigos fisicos!
ResponderExcluirOi...
ResponderExcluirAssim como você eu também sempre fui uma criança boazinha e obediente, bem tranquila...Não me lembro de ter apanhado da minha mãe!!!
Sou contra os castigos físicos, acho que vale mais um castigo daquele que você deixa a criança refletir sobre o que ela fez, assim ela não cometerá os mesmos erros.
♥...Bjinhuuss...♥
não li todo post confesso.
ResponderExcluirmas o tema já é polemico, com a nova lei da palmada ... aí no olho do furacao .
e tb já e tema bastante batido nas rodas de maes. no orkut.
Eu, aprontei muito. apanhei muito nem por isso deixei ou virei isso ou akilo.
Sim algumas ´chineladas, cintadas´que tomei foram FORA de lugar. O que é errado. Entre meus pais , um(a) era total contra sair batando em qq lugar , que podia ser perigoso. entoa era so na bunda ... ´uma bem dada´ ... ja outro(a) acabava pegando em qq lugar na hora do nervoso.
Era errado , e muito mas nao condeno eles nao viu.
Bom assim Eu hj tenho um filho.
Ele é sussegado mas quando resolve dar piti , ou arpontar uma FEIA dakelas q podem ser ate periogosas ,, vc falando 1 , 2 , 3 vezes ... eu perco a linha , vou explicar assim :
eu falo '1 , 2, 3, da 4a pra cima continuo so no falar , mas nao é mais FALAR eu grito . berro sim e prefiro isso a bater ...
aí eu grito , pego pelo braco , abaixo e falo bem brava e firme o q ele fez de errado , o quao perigoso pode ser ( se for o caso ) ou se foi errado .
Mas confesso tem vezes que ele apronta umas e tipo vc ja esgotou falar, gritar, avisar , ficar junto falando firme e ele CONTINUA fazendo errado. Ponho de castigo
E qdo nao da dou uma palmada na bunda sim !
entao é raro.
Tanto q eu falo pra ele EU NAO GOSTO DE TE BATER, NAO QUERO TE BATER. e ele mesmo fala pramim MAe vc nao gosta de me bater né ? eu digo NAO.
mas ele sabe q qdo ele tira TUDO DO sERIO e ja esgotou-se todas possibilidades ..
sim é palmada na bunda ...
e isso nao vai fazer NG tornar-se mau ou bom nao . a aplicacao disto ou a falta dela
o q torna um ser humano , como muitos errados q vemos por ai . é a falTA de pulso dos pais.
Eu confesso MIMO demais ele .
mas mimar com limite ´´e uma coisa ... deixar ele achando q pode tudo é outra.
muita crianca cresce e viram o q temos por ai hj nesse mundo de Deus aí . pq os pais foram negligentes, nao deram EDUCACAO, nao puseram de castigo por exemplo diante de um ato errado q cometeu. pra saber desde cedo q TUDO tem ACAO >< reacao.
abcs
putz grila q biblia ... eu escrevi .. desuclpa ! =/
ResponderExcluirImagina Flá, toda opinião é bem vinda, e adoro ler! ;)
ResponderExcluirhumm..polêmico mesmo!
ResponderExcluireu não sou contra uma palmadinha leve não, mas acho o máximo quando vejo crianças bem educadas que nunca apanharam...só vou saber como me comportar no dia que eu for mãe!
bjoo
Assunto complicado!
ResponderExcluirAcredito que o castigo físico é utilizado como saída para os pais que não conseguiram dar uma educação de qualidade para seus filhos.
Crianças que são bem educadas não precisam ser espancadas para serem obedientes.
espancada nao.
ResponderExcluirmas castigo do tipo fica sem isso funciona bem.
e uma palmadinha, ocmo diz minha médica , um eskenta fralda nunca fez mal a ng . isso nao é espanque ne.
A Falta de educacaovem da falta de uma boa conversa, educacao, ensinamento correto. E tb tem o genio da pessoa mesmo SIM.
Tem pais q NUNCA enconstaram um dedo no filho e os filhos MANDAM nos pais, pintam bordam e se deixar bate neels tb ... entao nao tem dessa q eh pai´s´q nao souberam educar na o... TUDO é uma somatoria de fatos , aki e acola.
eu antes de ser mae dizia nao vou bater.
e mantive, bater, espanque jamais!
agora uma palmadinha pra ´acorda´r depois q vc ja falou 20 vezes , ja gritou, ja perdeu tudo , ja pos de castigo e continua uma palmadinha nao machuca nem traumatiza.
so de fALAR mais ´grosso´ o meu filho hj ja fala NAO NAO NAO briga ... pq ele sabe q é pior a minha bronca e deixar de castigo q bater ...
Sou contra castigos que maltratam,humilham a criança, mas tirar dos pais o direito de dar uma ou outra palmada na hora certa, ai discordo.Espancar é uma coisa, palmada de correção é outra.Lembrando sempre que dialogar é ainda a melhor solução!!!!
ResponderExcluirTô aqui tentando lembrar se meus pais já me bateram quando criança, acho que não, quer dizer, tenho certeza que não, fui tranquila mas não santa, o que acontecia era ficar de castigo pra refletir... bater não é educar, o que vai acontecer é o medo e nunca respeito! Não apanhei e penso em educar meus filhos da mesma forma e assim será... tudo vem de berço(começo).
ResponderExcluirNem sei viu...
ResponderExcluirAté pq tem criança que nem com muito tapa se concerta!
Td vem de berço mesmo, como disse a Cintia!
As vezes uma boa conversa e algumas restrições resolvem!